Devemos mesmo tirar os esqueletos do armário?
A expressão 'Sair do armário' é essencialmente uma expressão idiomática tosca. Me lembra que o vampiro tem que sair do coffin (caixão) para comprovar para todos que tem vida eterna.
'Sair do armário' me lembra que nem todo mundo tem um closet, que é um grande armário onde uma pessoa pode entrar dentro, e um local perfeito para uma criança se esconder.
Essa expressão não mostra gentileza; parece gente preocupada com traça, que tem que tirar traça do armário.
Ouvir ordem para 'Sair do armário' me dá vontade de me aproximar do armário.
'Sair do armário' me lembra que é o local onde muito amante se escondeu, não foi achado, e livrou-se (até da morte) passando a noite agachado e, às vezes, com cãibras.
Me lembra como cantores guardam roupas que usaram apenas uma vez em seus shows nos seus armários.
E como atrizes e atores utilizam roupas que não são suas e escolhidas por outra pessoa.
Me lembra um armário aberto com um uniforme pendurado de soldado e os outros cabides vazios.
Mesmo pensando que tem muitos gays que são cantores, atores ou atrizes, drag queens e soldados, não acho que a expressão Sair do Armário tenha vindo trazer nenhuma graça, não mostra camaradagem, e tira a graça do armário que sempre pode acrescentar um pouco de alegria em um dia triste, acinzentado.
Devíamos poder ser enterrados próximos de árvores frutíferas ou floríferas, de modo que aquelas árvores estivessem a salvo dos lenhadores (e afins) por décadas, com proibição expressa de tirar uma árvore que cobre um defunto.
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